17 janeiro 2012

Viciados em internet sofrem danos similares ao efeito das drogas


Você se considera um viciado em internet? Se a sua resposta é “sim”, cuidado. Um estudo recente revela que os danos causados no cérebro das pessoas que não vivem sem a internet, são os mesmos das pessoas que consomem álcool, maconha e cocaína em excesso.
O estudo analisa os efeitos da Internet Addiction Disorder – IAD, ou Distúrbio pelo Vício da Internet -, que já é reconhecida pelos órgãos de saúde ao redor do planeta, reconhecendo como doente aquelas pessoas que usam a internet de forma excessiva. Os cientistas analisaram o cérebro desses internautas, e descobriram que o vício em internet pode romper fiações nervosas no cérebro, causando assim um nível de dano cerebral semelhante ao que vemos nos viciados em drogas.


Quem liderou o estudo foi o Dr. Hao Lei, da Academia de Ciências de Wuhan, China. Durante os testes, alguns usuários tinham o seu acesso aos computadores negado. Eles experimentaram angústias e sintomas de abstinência, incluindo tremores, pensamentos obsessivos e movimentos involuntários dos dedos – como se estivessem digitando em um teclado imaginário.



Os cientistas utilizaram uma técnica de ressonância magnética por imagem, para olhar os efeitos do vício na internet na estrutura do cérebro. Os estudos foram realizados com 16 adolescentes que usam a internet de forma moderada, e outros 17 internautas que passam muito tempo conectados. Os resultados foram sendo comparados caso a caso.


Esse tipo de pesquisa, explorando as diferenças entre o cérebro normal e o cérebro de um indivíduo que sofre de vício de internet é algo inovador, já que os resultados mostram um impacto neural semelhante àqueles que sofrem de outros vícios. Isso mostra que as alterações sofridas em determinadas áreas do cérebro não são causadas apenas pelo consumo de substâncias externas, mas também por fatores comportamentais.


O estudo também pode ajudar a requalificar o vício em internet dentro da área médica. Hoje, o vício em internet é classificado como “transtorno compulsivo”, mas pode ser posicionado como “vício” de forma genuína, diante de tais resultados. Porém, novos estudos precisam ser feitos para que o reposicionamento aconteça.

Fonte: techtudo

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