Localizado em uma galáxia muito pequena, o buraco negro encontrado pode mudar o que os cientistas sabem sobre a evolução dessas regiões
Astrônomos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, descobriram um buraco negro supermaciço 4 mil vezes maior do que o buraco negro localizado no centro da nossa galáxia, a Via Láctea. A massa dele é cerca de 17 bilhões de vezes maior que a do Sol. Mas essa não é a característica mais surpreendente. Os cientistas ficaram intrigados com o fato de o buraco negro estar no centro de uma galáxia muito pequena.
Chamada pelos cientistas de NGC 1277, essa galáxia está localizada a 220 milhões de anos luz da Terra e possui um diâmetro equivalente a apenas um quarto da Via Láctea. O buraco negro recém-descoberto ocupa 14% da 1277, enquanto outros buracos encontrados nos centros de galáxias representam, em média, cerca de 0,1% da massa delas.
Cientistas fizeram a descoberta durante pesquisas que tinham como objetivo encontrar o maior buraco negro do universo. Usando o telescópio Hobby-Eberly, baseado no Texas, eles estudaram cerca de 900 galáxias hospedeiras diferentes.
A descoberta de um buraco negro central que ocupa grande parte de sua galáxia vai contra o que os cientistas sabem sobre o crescimento dessas regiões. Estudos anteriores, que observaram cerca de 70 outras galáxias e seus buracos negros centrais, afirmaram aos cientistas que os buracos evoluem junto com suas hospedeiras. O localizado na NGC 1277, porém, parece ter continuado crescendo sozinho.
Buracos negros são formados por matérias que entram em colapso sobre a sua própria gravidade. Os supermaciços, particularmente, são os buracos formados por nuvens de gás ou por milhões de estrelas, e estão localizados nos centros das galáxias. A maioria deles ainda está em atividade, ou seja, continua atraindo matéria, aumentando sua massa.
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